AMAZÔNIA
AMAZÔNIA - Bailarinos e Mensagem Intrínseca
Ao se permitir mergulhar profundamente na poesia visual que permeia o espetáculo de dança contemporânea AMAZÔNIA – cuja direção se desenvolve sob a mais genuína atmosfera imersiva concebida pelo renomado bailarino solista do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e fundador da Grupo de Dança DC, João Wlamir – o emocional do espectador regozija diante de uma ode que celebra a riqueza ambiental e a diversidade cultural da maior floresta tropical do mundo.
Wlamir compartilha a concepção coreográfica de AMAZÔNIA com seus colegas de ofício Jaime Bernardes e Monica Barbosa – à luz dos holofotes de Paulo Cesar Medeiros, diante da cenografia concebida por Orlando Sergio, sob a caracterização do visagismo de Christina Gall e do figurino e adereços de João Paulo Bertini e, em meio à sonorização de Branco Ferreira – não somente honra as tradições indígenas e ribeirinhas, mas também denuncia os desafios contemporâneos enfrentados pela floresta.
Clara Alves, Fernanda Lima, Glayson Mendes, Henry Silva, Jaime Bernardes, Lucas Mateus, Rayssa Albuquerque, Sophia Palma e Wesley Torquato compõem o corpo de bailarinos responsáveis por levar ao público a mensagem intrínseca do espetáculo.
AMAZÔNIA não se faz presente apenas como manifestação artística, mas como apelo à consciência ambiental e repúdio à compulsão exterminadora do homem. O olhar de Wlamir se faz convite não somente à apreciação da beleza do meio ambiente e dos seres da floresta, mas à união dos homens de bem pela sua preservação, em respeito aos povos de todo o mundo. Em oportuno momento em que o bioma amazônico enfrenta ameaças constantes e clama por socorro, o espetáculo surge como uma voz poderosa em nome da justiça e da sustentabilidade.
crítica: psales e msenna
foto: msenna
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